À LUZ DO DEVER
Julguei
Fiz o que julguei correcto?
Não vou mudar de repente,
A cobrir-me doutro tecto,
Só para te pôr contente.
Vive
É ver bem de que me cerco,
Que há poesias que são prosas.
Quem vive em monte de esterco
Não pode cheirar a rosas.
Meio
O meio mais eficaz
Para ser como não ser:
Quem quiser deveras faz,
Quem não quer manda fazer.
Correr
Ando sempre a correr mundo
Em busca do que mal vi
E acabo, afinal, no fundo,
A vir dormir sempre aqui.
Talento
Se eu ler profissionalismo
Como popularidade
Então o talento eu crismo
De ser mera fatuidade.
Medo
Não ter medo de ter medo
É meia vitória ganha,
Quer grite, na boca o credo,
Quer apanhe quem me apanha.
Medir
Medir com cuidado o risco
Pelo direito e avesso
É meio trilho, se arrisco,
Para atingir o sucesso.
Copo
Um copo meio vazio
Será sempre meio cheio:
Se creio num desafio,
Chego ao fim, não findo a meio.
Contigo
Porque é que de vez não deixas
O que contigo não dá?
Se há remédio, porquê queixas?
Porquê queixas se o não há?
Aprender
Saber o nosso lugar.
No lugar que for o nosso
Depois aprender a estar.
O mais não quero nem posso.
Ditador
Um ditador, quando cai,
Faz-me suspirar de alívio,
Ou será que o mundo vai
De vez descambar no oblívio?
Encher
Se há maneira de fazer,
É de fazer à maneira
O que de fazer tiver
Se tiver de encher a eira.
Cheira
Às vezes é de ir lá acima,
Que cá em baixo cheira a gente
E a gente então, de repente,
Não aguenta mais o clima.
Medo
Não ter medo faz sentido:
Faz possível o impossível.
Apimenta o grão servido
Na ementa do que era incrível.
Rio
Quanto mais eu me ensimesmo
Mais rio do meu império.
Não te leves nunca a sério,
Aprende a rir de ti mesmo.
Errar
Certo é que todos erramos
Mas podemo-nos propor,
Enquanto não acertamos,
Sempre, sempre errar melhor.
Desistas
Não desistas, que aprender
Eles irão: bem servido
Acabas então por ser,
Algum tempo decorrido.
Talento
O poder que todos têm
De definir seu limite...
Respeita-o, que te convém
Ao talento que te incite.
Excelente
Se a vida te dá limões,
Não deites fora por nada:
Podes fazer, aos serões,
Excelente limonada.
Maneira
A maneira de lidar
Com outrem é de o tomar
Por quem ele julga que é...
- É deixá-lo nesse pé.
Mudança
Toda a mudança gratuita
Vai ter um preço a pagar
E além disto, pouca ou muita,
É sempre desperdiçar.
Aprendemos
Com o arrogante caído
Aprendemos o que pode
E não pode ser seguido
No mundo que nos acode.
Farás
Farás aos outros o que a ti bem queres,
Não lhes farás o que a ti não quiseres.
Usar violência sempre ao fim denota:
- Foi-se o melhor, resta-nos só a derrota.
Vive
Há gente que vive, vive
Sempre cheia de “não presta!”.
Não deixa nada que arquive
No mundo que após nos resta.
Tragédias
Com as tragédias dos outros
Posso bem e bem demais:
Vou esquivar-me aos encontros
Com outras que dão sinais.
Despontar
É ao despontar de aurora
Que a vida te não demora,
Pois de soninho em soninho
Se esboroa o pão e o vinho...
Julgues
Que julgues tão divertido,
Drogado de que me esquivo,
Estar morto e bem perdido
Como achavas estar vivo!
Tentar
Se tentar e não resulta,
Não se sinta um fracassado,
É um apostador danado
No risco que o catapulta.
Ajuda
Pede ajuda, a gente quer
Ser útil, sentir-se bem.
Além de ajudar alguém,
Até encontra o que quer ter.
Dar-nos
Cada um claro que tem
Sua maneira de ser
E devemos dar-nos bem
Com todos e com quenquer.
Preciso
Não basta ser corajoso,
É preciso ser-se recto.
Da heroicidade o só gozo
Não paga um roubado tecto.
Luta
A verdadeira coragem
Não sucumbe com revés,
Luta contra a desvantagem
Até vencer outra vez.
Escravo
Não domina o sentimento
Quem dele é escravo malsão.
E não tem merecimento
A sua dedicação.
Ovelha
Vigia a fruta gostosa
Da vida, atenta-lhe ao cheiro.
Uma ovelha que é ronhosa
Empesta um rebanho inteiro.
Força
Nesta vida tudo passa,
Grande embora a tempestade.
Qualquer que seja a desgraça,
Quer-se é força de vontade.
Cadeia
Ódio, ódio que é que adianta?
Arranjam-se novos ódios,
Cadeia que nunca empanca...
- Quem disto cozinha bródios?
Maduro
Quem é que irá decidir
Se um povo é maduro ou não
Para um liberto porvir?
Eu, tu, mas tal povo não?!
Perdoar-nos
Temos sempre de aprender
A viver em paz connosco.
E perdoar-nos, a ver
Se a mim próprio não me embosco.
Caçar
Ama caçar passarinho?
Eu cá prefiro admirar
Pardal a voar do ninho
Solto e livre como o ar.
Esteio
Se me quero ter de pé,
Que esteio é que me convém?
Vale um homem pelo que é,
Não vale pelo que tem.
Rejeitas
Se rejeitas, que outrem gosta,
Não gostas do que quiseres
E de ti perdes a aposta,
Vago ser entre os mais seres.
Rindo
Sem razão rindo do abismo,
A humanidade merece
Aquilo que lhe acontece
Quando finda em cataclismo.
Dinheiro
O dinheiro é requerido
Para atingir o poder.
Mas, o poder é atingido,
Que importa dinheiro ter?
Fácil
Como é fácil parecer
Aquilo que se não é!
Tanto mais cuidado a ter
Para alguém se ter de pé!
Dobro
Em dobro paga a teu mestre
Optando, por teu dever,
Ser quem dele além se adestre,
Quem o ultrapassa a correr.
Presente
No presente aqui assente,
Tudo tem de ser um dom,
Um presente do presente
- E o que é bom eis como é bom.
Informar-te
Se tu tens um inimigo,
Vê bem as tramas que tem,
Trata de informar-te bem,
Senão findas sem abrigo.
Matar
Para matar o desgosto,
Não há como laborar
Do dealbar ao sol-posto,
Do sol-posto ao dealbar.
Bom
Se vais ser um vencedor,
Não te baste andar em frente:
É que apenas o melhor
É bom o suficiente.
Contraste
De ser feliz a semente
Este contraste contém:
Viver como toda a gente,
Porém ser como ninguém.
Ouvir
Saber ouvir será dom
Que bem poucos desenvolvem.
Mais requer minha atenção
Aos que comigo se envolvem.
Pureza
A pureza dum olhar,
Das mensagens, dos sinais,
Tarde iremos peneirar,
Às vezes tarde demais.
Nota
Tomo nota do perigo:
Nem sempre digo o que quero
E o que não quero até digo...
- E até mata um termo mero!
Vitimizar-se
Vitimizar-se porquê?
Cada um é bem mais forte
Do que ele julgar ao pé
De algum caído suporte.
Grato
A outrem não te compares,
Sê grato por quanto fores.
Àqueles com quem depares
Sorri, que o mundo melhores.
Nunca
Nunca sabes como advém
Afinal perder-se a face.
Actua como se alguém
Sempre aí te contemplasse.
Analiso
Quando analiso o passado,
As mil causas de conflito,
De que valeu desgastado
Findar dos nadas que fito?
Direito
Direito humano requer,
Embora implicitamente,
Que todos como quenquer
Se respeitem mutuamente.
Criticar
Criticar a relação,
Só de forma diplomática:
Primeiro, quanto for bom;
Depois, que mudar na prática.
Placa
Às vezes damos por nós
Completamente perdidos
Mas sempre o caminho, após,
Põe a placa dos sentidos.
Espera
Espera pelo melhor
Mas prepara-te, entretanto,
Para quanto for pior
No que for de teu recanto.
Interesse
Porque é que quando há negócios,
Quaisquer assuntos de Estado,
De amizades, nem os ócios,
Só mesmo o interesse é grado?
Porvir
Resolvemos um problema
Criando outro inda maior
E há muito quem nos não tema?
- Lindo porvir se há-de impor!
Compra
Canta o inimigo de galo,
Quer de frente ou de través?
Se não podes derrotá-lo,
Compra o inimigo de vez.
Mudar
Muitas coisas não controlo,
Noutras o controlo é meu.
Se me resigno, sou tolo:
Posso mudar terra em céu.
Fado
Se queres ser bom,
Pela vida corre
Sem ligar, então,
Dela à ordem “morre!”
Chorar
Se alguém chorar por um peixe,
Poderá ser que algum dia
Chore um morto que alguém deixe
Ignorado em qualquer via.
Falto
Como é que alguém que aqui vive
Não perdeu inda o juízo?
O mundo é falto de siso...
Como há quem disto se esquive?
Alegro-me
Quando o infeliz do infeliz
Diz que dele toma conta,
Alegro-me de raiz:
Outro mundo aqui se apronta!
Melhor
O melhor em qualquer área
Tem de ser boa pessoa
Ou acaba sendo um pária,
Seja embora de mão boa.
Matá-lo
É preciso ser herói
Para se lograr fugir
Do que matá-lo ali foi,
Ao lhe matar o porvir.
Morte
A morte será melhor
Que ficar vida, se alcança
Ficar depois da esperança,
Que é morte vida a supor.
Desiste
Só quem desiste de explicar a vida,
Cada vitória contra igual senão,
Vai acabar, toda a questão perdida,
Por encontrar, enfim, explicação.
Tanto
Há tanto para olhar no que nós temos;
Há tanto para olhar no que tu tens!
Adaptar-nos é só o que precisemos,
Então a vida inteira são só bens.
Parar
Se parar não é morrer,
Parar de mudar será.
A vida é muda a correr,
Quem não muda, morto está.
Torná-lo
Nenhuma maldade
Sobre quem é bom
Torná-lo nos há-de
Quem de mau tem tom.
Tolo
Que tolo é que assunta
Tudo quanto quer?
Nunca se pergunta
O que pode doer?
Quer
Tanta gente, tanta gente
Quer a mentira piedosa
Mais do que enfrentar de frente
A verdade dolorosa!
Ignoramos
Ignoramos o essencial:
Que vivemos nesta vida
Para ver o principal:
De quem amo a fronte erguida.
Sorrisos
Os sorrisos fazem bem.
Que desperdício será
Se os não vislumbrar ninguém
Dentre os tristes que andam cá!
Mais
Os mais valiosos
Para um mundo louco
A perder-se em gozos,
Valem muito pouco.
Queremos
Quando algo queremos muito,
Encontramos sempre termos
De o defendermos, gratuito,
De real todos bem ermos.
Somos
Para quem nos não conhece,
Somos o que parecemos.
É mesmo que inda acontece
Sermos nós o que seremos?
Mal
Quantas vezes o mal duns
Vai ser doutrem o prazer!
Há sempre humanos alguns
Que humanos nunca irão ser.
Coragem
A pessoa apaixonada
Nunca sabe medir bem.
Coragem na conta errada
Vai matar o que a sustém.
Arriscar
Importa arriscar perder
O que tivermos acaso,
Às vezes, só para ter
O que quisermos a prazo.
Guerras
As guerras que tu repetes
Nunca a vida facilitam.
Ganhá-las, só em gabinetes,
Gabinetes que as evitam.
Mau
Quão mau tem de ser o mundo
Por ficar desiludido
Com quem amar um segundo
Dentre quem quer em sentido!
Replicar
Replicar o que único é,
Um erro é, que irrepetível
Repetir não põe de pé,
Só estraga o inesquecível.
Contar
Quem sabe contar a morte
(O inferno depois do céu,
O pior mesmo da má sorte)
A quem ama quem morreu?
Continua
Quem é que quer acalmar
Quem já morreu por inteiro
Por dentro e a respirar
Continua inda ligeiro?
Cria
Se queres ser gente a sério,
Não uses, não, frases feitas,
Cria as tuas no mistério
Que és tu quando em ti te ajeitas.
Baixinho
Para não ofender quem
Nós não é, deixa-me ser
Feliz cá baixinho e bem
Da noite ao amanhecer.
Espreme-me
Espreme-me os medos todos
Destes meses, destes anos
Em que trocámos engodos,
Em que trocámos enganos.
Esperar
Esperar pelo melhor
É bom quando, por igual,
Pronto estou para o pior,
Ao menor dele sinal.
Parte
A morte é ter a coragem
De se pôr de parte o amor
Quando isto a salvação for
De quem amar na triagem.
Tudo
Esperança e coração
Todos deveriam ter.
Tem tudo quem tem tal chão,
Mesmo se tudo perder.
Custo
Se querem ver quem é fraco,
Coloquem-lhe então à mão,
Com o custo dum pataco,
Doutrem uma humilhação.
Jamais
A justiça ou o dinheiro?
Numa sociedade humana
Jamais ambos emparceiro,
Só a justiça nos não dana.
Almas
Há quem compre almas alheias
A bandejas de oiro, em suma,
A fazer de conta, a meias,
Que inda anda a restar alguma.
Perder
Perder o que és tu, em nome
Daquilo que podes ter,
É de quem morre com fome
De nunca saber que ser.
Reféns
Ser feliz é a prostituta
Que nos torna reféns dela
Se, ao repartir, na disputa,
Nos jogar pela janela.
Quaisquer
Quem por interesse vive,
O que interessa aos patrões
Hás-de ver que nunca esquive
Em suas associações.
Roubar
Roubar aos pobres, a dar
Aos pobres de íntimo dando,
Se calhar é de perdoar,
Não vejo é como nem quando...
Nada
O que fazem os mais pobres
Com medo de perder pouco
É nada. E eis como sobres
Em migalhas ao que é louco.
Corremos
Ou corremos com a vida
Ou a vida é que nos corre.
Parar, não, que, de seguida,
Qualquer vida à mão nos morre.
Faltar
Podem faltar quartos, camas,
Que não falte coração!
Lutemos por ele então,
Que é lutar por tudo o que amas.
Salvem
Salvem quem nos salva,
Nossa salvação,
Não quem veste de alva
E os mais, de carvão.
Salvar
O dinheiro serve
Para salvar vidas
Que o amor preserve
Mil vezes seguidas.
Criem
Após um sonho morrer,
Criem outro de imediato,
Não vá a vida emurchecer
A meio de qualquer acto.
Só
Comigo só, quero estar
Sempre bem acompanhado.
Não é fácil, mas gostar
Quem do fácil há gostado?
Bom
O que é bom jamais acaba:
Consola quando algo falta.
E há tanto instante sem aba,
Fato curto, a perna alta!...
Finda
Todos os dias merecem,
Merecem celebração,
Mas quantos dias se esquecem!
Finda a vida, é um dia-não.
Preciso
É preciso ter coragem
Para decidir crescer,
A infância largar na viagem
E o que for deveras ser.
Viver
Viver apenas não basta,
Devemos também ter sol,
Livres ser de toda a casta
E ter florinhas no rol...
Fácil
É fácil ser consumido
Por dinheiro o que o não tem.
Prefiro ser comedido,
Nunca assim dele refém.
Bens
Não são grandes nem pequenos
Os bens para o bem que dais.
Por vezes é quem tem menos
Aquele que irá dar mais.
Presente
O presente é de apreciar
Sem que os bons tempos que corram
Nós esperemos que morram,
Basta que andem a acabar.
Nadinha
Ao sem-abrigo uma prenda,
Simples apoio à medida,
Mesmo sem que nada renda,
Dá-lhe um nadinha de vida.
Objectivo
Um objectivo de vida
É que na vida de alguém
A diferença atingida
Por mim seja para bem.
Escutar
Homem que não sabe ouvir
Não pode escutar conselhos
Que a vida sempre a seguir
Vai dando em todos os quelhos.
Imites
Nunca imites tu ninguém!
Que a tua produção seja
Novo fenómeno além
Que na natura se veja.
Desgraças
Sobre as desgraças de antanho
Chorar é o modo seguro
De atrair outras de ganho
Na maldição que eu apuro.
Arruma
Se arruma todos os dias
Os cabelos, porque não,
Entre sonho e fantasias,
Arrumar o coração?
Ritmo
O ritmo da natureza
Adoptemos com sapiência:
É que o ritmo que ela preza
É o ritmo da paciência.
Rir-se
Se é verdade todo o mal
Que de ti dizem, corrige.
Se é mentira, o principal
É rir-se de quanto aí vige.
Creia
Tudo o que um sonho precisa
Para ser realizado
É que alguém que o que ele visa
Creia que é de ser moldado.
Perfeito
O amor-perfeito floresce
Do amor-próprio no jardim
Ou de perfeito não cresce
Então nada dentro em mim.
Guerra
Com a guerra a humanidade
Tem de findar ou então
Com a humanidade em vão
Finda a guerra de verdade.
Talho
Mede o talho ao bisturi
Ou vai atingir-te o osso.
Nunca queiras dar por ti
Com uma corda ao pescoço.
Controlar
Vai-te a vida avassalar,
Que não previne os extremos.
Na vida é de controlar
O que controlar podemos.
Fracasso
O fracasso é um sentimento
Antes de tornar-se real.
Vê, pois, donde sopra o vento,
Vê o que queres, afinal.
Rico
Ser rico nunca protege
O indivíduo do fracasso:
Ser feliz nunca se rege
Da moeda pelo compasso.
Êxito
Na vida, para vingar,
Lembra-te desta verdade:
Tens de ser bom a dobrar
Do êxito para metade.
Mensagem
Mensagem mais consistente
E que mais nos abre portas
Diante de toda a gente:
- Tu importas! Tu importas!
Abre
“Tu pertences, tu importas,
Que boa impressão de ti!”
- De repente abre mais portas
Que as que cada cria em si.
Quanta
Quanta gente representa
A vida inteira um papel
Que melhor crê que lhe assenta
Em vez de apenas ser ele!
Quebrar
Às vezes o que é preciso
Antes de quebrar a loiça
Às pessoas de juízo
É haver alguém que as oiça.
Aceitamos
Qualquer desapontamento
Sem revolta ou amargura
É que aceitamos que o vento
Sopra sempre outra figura.
Tudo
Porque é que a todo o momento
Tudo em nós são más costuras?
Para o rico é cumprimento
O que ao pobre são censuras...
Ouvidos
Às vezes nós recusamos
Dar ouvidos à razão.
Faz que nos arrependamos
Até cair no caixão.
Renúncia
O mal de nós se apodera
Ao deixarmos de sonhar.
É renúncia à vida à espera,
Ao rebanho ao me juntar.
Adversidade
A adversidade vencida,
Qualquer que seja o desnorte,
Logra tornar-me, assumida,
Deveras de vez mais forte.
Vidas
Se estiver sempre a pensar
Nas vidas que outrora fiz,
Vai-me o passado marcar,
Posso findar infeliz.
Pratica
O que estou a fazer hoje
Faz-me bem ou faz-me mal?
Se fizer mal, então foge
E pratica outro sinal.
Mantenho
Mantenho este pensamento
Que anda-me a deitar abaixo
Ou troco-o, neste momento,
Por aquele onde eu me encaixo?
Aprendes
Se aprendes a perdoar
E em frente a seguir, capaz,
Já não vais mais precisar
Do que precisas: de paz!
Culpes
Não te culpes tu demais,
Aceita que estás em dor,
Um dos traços humanais,
E abraça-te com humor.
Ajudar
Quando e se minha atitude
Ajudar a melhorar
O evento que se me grude,
É hora de aproveitar!